Continuam as investigações sobre o incêndio que destruiu quatro imóveis na região da Rua 25 de Março, no Centro de São Paulo. O fogo começou em um prédio de oito andares que fica na rua Barão de Duprat, altura do número 95, e se espalhou.
Um edifício menor, de seis andares, foi atingida pelo fogo. Uma loja de artigos de festa e a primeira igreja ortodoxa do Brasil foram destruídas pelas chamas.
Imagens de câmeras de segurança do prédio onde o fogo começou mostram um homem saindo de lá carregando sacolas com mercadorias possivelmente furtadas. Porém, o delegado da seccional Centro, Roberto Monteiro, pondera que, apesar do flagrante, não deve se tratar de um incêndio criminoso. Segundo Roberto Monteiro, a polícia deve agora ouvir formalmente mais testemunhas na sequência das investigações.
Ao que tudo indica, o incêndio começou em um dos andares intermediários. O capitão André Elias, porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo, explicou que o prédio comercial onde as chamas tiveram início abriga muitos estoques. Por isso, o fogo se alastrou rapidamente.
Apesar dos danos, segundo André Elias, a hipótese de desabamento do prédio está praticamente descartada. O prédio onde o fogo começou não tinha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. O documento, que é obrigatório, atesta que um edifício segue as normas de segurança e tem os equipamentos de proteção e combate a incêndios.
Dois bombeiros que atuavam no combate às chamas ficaram feridos. Eles sofreram queimaduras de segundo grau e foram encaminhados para o pronto-socorro do Tatuapé, mas não correm o risco de morres.
Quando o fogo começou, os edifícios atingidos estavam vazios. Das mais de 3 mil lojas da região, 80% foram fechadas ontem no quarteirão. A informação foi passada pela União dos lojistas da Rua 25 de Março e adjacências.