O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, amanheceu nesta segunda-feira (10) com o saguão lotado de passageiros que não conseguiram voar no domingo (09) por conta do fechamento do terminal. As pessoas passaram a noite dormindo em bancos ou no chão. Muitas reclamam de falta de suporte por parte das companhias aéreas e afirmam que faltam informações e assistência das empresas.
Após o cancelamento de 140 voos no domingo, nem todos conseguiram encontrar vagas em hotéis para passar a noite. Existem relatos ainda de falta de alimentação aos passageiros.
Segundo a Infraero, o terminal voltou a operar às 22h18 de domingo, após um jatinho particular derrapar na pista principal às 13h32 e paralisar as atividades de pousos e decolagens no segundo aeroporto mais movimentado do país. A aeronave de pequeno porte teve o pneu traseiro estourado no momento da aterrissagem e parou a poucos centímetros do barranco que termina na Avenida Washington Luís.
A Aeronáutica começou a investigar as causas do incidente.
Impacto em outras cidades
Como num efeito cascata, a paralisação do terminal provocou atrasos e cancelamentos nos voos em todo o Brasil.
Para dar vazão aos voos retidos no aeroporto, a operação foi prolongada no domingo (09) e voos foram permitidos até 1h da madrugada no local. Normalmente, Congonhas funciona até 23h. Nesta segunda (10), o terminal reabriu às 6h.
Segunda-feira é um dia de maior movimento no terminal e a acomodação daqueles que não voaram no domingo é prejudicada pela falta de vagas nos voos. A impossibilidade de abrir voos extras no aeroporto prejudica a volta ao normal das operações. Aviões foram desviados para o aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, Viracopos, em Campinas, e terminais em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A malha aérea pode demorar mais de um dia para voltar ao normal.
No Rio de Janeiro, o aeroporto Santos Dumont foi um dos impactados pelo problema em Congonhas. No início da manhã desta segunda, os balcões das companhias estavam com filas enormes de passageiros atrás de informações. Muitas pessoas optaram por ir para São Paulo de ônibus.
Já o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, diz que não houve impactos porque a maioria dos voos são para Guarulhos.