Pai de criança ferida em ataque a creche relata momentos de pânico: "Desabei"

Rodney Robson detalhou em entrevista à BandNews FM o momento em que soube do ataque até o encontro com o filho

Da Redação

Em entrevista exclusiva à BandNews FM, o pai de uma das crianças feridas durante o ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), relatou o momento em que encontrou o filho na escola com um ferimento no pescoço.

Rodney Robson contou que estava trabalhando quando recebeu mensagens no grupo de pais da creche: "A gente tem um link de WhatsApp com a gestora da escola, e ela avisou no grupo. Na hora eu até ignorei, porque são muitas mensagens. Meu gestor estava acompanhando as notícias e me avisou. Aí eu fui lá ver o que tinha acontecido", contou.

Como trabalha perto do local do ataque, o pai revelou que demorou cerca de oito minutos para chegar. Ele contou que viveu momentos de pânico no trajeto até a creche.

O filho de Rodney, de apenas quatro anos de idade, foi ferido com uma faca, na região do pescoço. Segundo o pai, o ferimento foi raso e tem o tamanho de um dedo. O garoto foi atendido no local pela ambulância.

"Quando fui pegar, ele estava andando. E ele me falou que o homem tinha machucado ele. Foi a primeira coisa que ele falou quando me viu. Na hora em que eu vi ele andando, meu coração acalmou. Mas quando ele me viu, mostrou o machucado, o corte no pescoço, eu desabei", contou.

O ataque

Uma creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foi invadida na manhã desta quarta-feira (5) e quatro crianças foram mortas, segundo a Polícia Militar. Ao menos outras cinco pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da região. O assassino se entregou no Batalhão da PM e as motivações do ataque ainda são investigadas.

Segundo a PM, o agressor tem 25 anos e invadiu o espaço educacional por volta das 9h04. A escola fica na rua dos Caçadores, no bairro de Velha. O estabelecimento é privado e atende de bebês até crianças de 12 anos.

O autor do ataque se entregou no 10ºBPM, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil. A Polícia Militar de Blumenau informa que os boatos de novos ataques em escolas da região são inverídicos.

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