Depois que os senadores Oriovisto Guimarães e Styvenson Valentim, ambos do Podemos, retirarem as assinaturas do requerimento de instalação de uma CPI do Ministério da Educação no sábado (10), a oposição corre contra o tempo para conseguir novos nomes.
Dessa maneira, a CPI tem apenas 25 dos 27 nomes necessários para a instalação, o que impede que a comissão seja iniciada no Senado Federal.
Ambos justificaram a decisão afirmando que continuam acreditando que existem fatos que precisam ser investigados, mas que uma CPI neste ano de eleições vai servir de palanque eleitoral para a oposição.
Autor do requerimento, o senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, afirmou que vai seguir atrás de mais assinaturas para investigar o caso e que o governo tenta criar uma cortina de fumaça para tirar o foco do escândalo.
O objetivo do colegiado seria investigar possíveis irregularidades na destinação das verbas públicas do MEC.
Dois pastores evangélicos teriam prioridade e teriam também cobrado propina de prefeitos, com pedidos de dinheiro e até em ouro, para a construção de escolas e creches.
Durante o fim de semana, em um evento em Pelotas, Rio Grande do Sul, o presidente Jair Bolsonaro disse, sem citar uma possível criação da CPI, que os adversários estão forçando a barra para encontrar casos de corrupção no governo.
De acordo com o Regimento Interno do Senado, é necessário apresentar um requerimento assinado por um terço dos membros do Senado, com o fato a ser apurado, o número de membros, o prazo de duração e o limite das despesas a serem realizadas.