O Rio Grande do Sul se prepara para a chegada de uma onda de calor que deve aproximar os termômetros dos 40°C nos próximos dias. Nesta segunda-feira (10), o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um aviso de perigo para 216 municípios gaúchos. As temperaturas ficarão até 5ºC acima da média por um período de três a cinco dias.

Em Porto Alegre, a Defesa Civil alerta que as máximas podem chegar aos 39°C e o calor continua até domingo (16). O recorde de calor na capital gaúcha foi registrado há cerca de oito anos, no dia 6 de fevereiro de 2014, quando os termômetros marcaram 40,6°C.

A onda de calor é uma consequência da estiagem que atinge a região e também tem a participação do La Niña. O resfriamento das águas do Pacífico diminui as chuvas no sul do continente.

Partes da Argentina, do Uruguai e do Paraguai também devem ser atingidas pela onda de calor.

O calor intenso deve prejudicar ainda mais as lavouras, que já sofrem com a falta de chuvas. As perdas do Valor Bruto da Produção das culturas da soja e do milho provocadas pela estiagem podem ultrapassar R$ 19,77 bilhões no Rio Grande do Sul, segundo estimativa da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado.

De acordo com o levantamento, o impacto negativo da estiagem chega a R$ 14,36 bilhões nas lavouras de soja e a R$ 5,41 bilhões nas de milho.

Enquanto faz calor no Sul, as chuvas continuam a cair no Sudeste e no Nordeste do Brasil. Um corredor de umidade continua parado entre as regiões e concentra áreas de instabilidade entre o Tocantins e Minais Gerais. Entre o Pará e o Maranhão também tem previsão de chuva.

A chuva deve continuar até quinta-feira (13), quando as áreas de instabilidade devem se concentrar entre o Piauí e o Maranhão.