Oinegue: as Lojas Americanas aprontaram feio, mas não faz sentido abrir CPI

Jornalista afirma que CPIs são, em geral, palco de teatro ou picadeiro de circo. E que a investigação do escândalo da Americanas estará em mãos melhores se permanecer com a Polícia Federal e a Comissão de Valores Mobiliários

Eduardo Oinegue

O âncora do BandNews no Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, critica a criação de Comissões Parlamentares de Inquéritos. “A maior parte das CPIs não deveria ter existido. A CPI virou palco de circo”. Oinegue também festeja que o presidente da Câmara dos Deputados já mandou dizer que não deve instalar essa CPI.

O jornalista aborda o tema depois de o deputado André Fufuca (PP-MA) reunir as assinaturas necessárias e protocolar o pedido de CPI contra a Americanas. A empresas entrou com pedido de recuperação judicial e anunciou uma dívida de R$ 40 bilhões. O parlamentar afirma ser necessário apurar as causas da “suposta fraude contábil” e se outras empresas também têm problemas nos balanços. Oinegue observa que não faz sentido algum investigar outras empresas.  

“A CPI só se presta como instrumento de investigação quando o Estado está se atrapalhando. O deputado está querendo fazer teatro. Claro que tem o investigar, mas para isso tem a Comissão de Valores Mobiliários, a Polícia Federal e o Ministério Público”, disse o jornalista.

Oinegue usa como exemplos as CPIs do BNDES e da Pandemia de Covid. O jornalista lembra que os deputados não conseguiram apurar nada além do que as autoridades já conheciam nestes casos.

Por fim, o âncora da BandNews FM e da TV Band afirma que o caso da Americanos é o maior escândalo financeiro do país e afirma que os acionistas prioritários, Jorge Paulo Leman, Beto Sicupira e Marcel Telles, precisam ser investigados.

“É um escândalo grande, mas o instrumento de investigação não pode ser o populismo de uma CPI. As investigações da Polícia Federal são profissionais e o Judiciário é independente. Quando colocamos o líder o PP para investigar, teremos uma apuração política que não interessa nesse caso”, conclui o jornalista.

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