Oinegue: A sociedade ganha quando o privado assume uma empresa estatal

Jornalista cita o metrô de Belo Horizonte como prova de que o Estado é mau patrão e as empresas são melhor geridas pela iniciativa privada

Eduardo Oinegue

O âncora do BandNews no Meio do Dia e do Jornal Band, Eduardo Oinegue, fala sobre as privatizações no Brasil e quanto a sociedade ganha quando o Estado deixa de produzir para fiscalizar quem produz.

O jornalista lembra o caso da Embraer, que estava tecnicamente quebrada quando estava sob gestão estatal. Privatizada, tornou-se uma gigante “Quando o acionista é o Estado, o retorno até pode ser o lucro, mas existe uma preocupação maior: o voto. Por isso, existem discussões sobre o uso das estatais nas políticas públicas”.

Como exemplo da incompetência do Estado, Oinegue cita o metrô de Belo Horizonte, que é administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos.

A empresa federal tem 1500 funcionários, mas precisaria de apenas 600 para funcionar. O jornalista informa que mais de 200 servidores do metro não trabalham na estatal, porque estão cedidos para a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Para completar, os funcionários estão em greve há um mês contra a privatização.

O metrô da capital mineira tem apenas uma linha. Uma segunda linha começou a ser construída em 1998, que não foi concluída até hoje. Vinte e sete anos depois! O âncora da BandNews FM lembra que, com gestão privada, essa linha já estaria funcional há muito tempo.  

Eduardo Oinegue pondera que o Estado não deve produzir, mas deve fiscalizar as empresas concedidas, bem como defender os interesses da população, garantindo uma gestão responsável por parte dos agentes privados que atuam com serviços públicos.

“A greve no metrô de Belo Horizonte e a gestão débil da empresa são um exemplo acabado de que o Estado é um péssimo patrão”, afirma Oinegue.