O âncora do BandNews FM No Meio Do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, avalia a importância das alianças políticas no cenário nacional e a incoerência que rodeia a maioria das coalizões previstas para a eleição presidencial do ano que vem.
Segundo o jornalista, será cobrada coerência na formação de alianças políticas. Estas, raramente possuem alguma convergência ideológica, como é o caso da conversa entre Lula e Alckmin e até mesmo a que elegeu José Sarney e Tancredo Neves no começo da redemocratização. Oinegue explica que a junção de Sarney e Neves era uma forma de se fazer uma transição entre militares e políticos, já que o candidato a vice foi líder do governo dentro do período militar, com a certeza de vencer.
A eleição de 2022 se mostra diferente de 2018. Nela, segundo o âncora, não há espaço para a construção de um nome de pessoa física contra estruturas de poder, o que está acontecendo é a busca pela construção de tais estruturas. A prova dessa organização é a conversa entre Moro e Doria, ambos pré-candidatos ao Palácio do Planalto, e a aproximação de Bolsonaro com o Centrão em busca de apoio, aponta o jornalista.
A dinâmica política atual foi pauta do comentário de abertura do programa desta sexta-feira (10).
Numa campanha eleitoral o que de fato pesa não é o direito de falar e explicar, mas sim de ser ouvido, e são essas coalizões que garantem essa posição, afirma Eduardo Oinegue. Nessas situações, de acordo com ele, não será questionada a incoerência, apenas será exigido falar o que a população quer ouvir, principalmente no que é relacionado à solução das crises vividas pela sociedade. Na opinião do âncora, os políticos que conseguirem fazer as construções mais elaboradas, terão mais chances de deslanchar nas pesquisas do pré-eleitoral, que, na visão dele, são as decisivas para solidez da chapa.