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Oinegue: a investigação sobre os ataques em Brasília deve ser profunda e técnica

Jornalista alerta para a necessidade de manter a investigação do ataque em Brasília na esfera do sistema de Justiça, sem politização

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O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, aponta para os riscos do envolvimento político nas investigações sobre os ataques terroristas registrados em Brasília no último domingo (8), com a invasão das sedes dos Três Poderes.

Eduardo Oinegue diz: “mesmo que o crime seja de natureza política, o debate precisa ser feito na esfera criminal”. Para ele, é necessário que a investigação seja apresentada pela voz do Estado e não dos atores governamentais. Oinegue destaca que essa função é da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário.

A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (12), uma operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro de Jair Bolsonaro Anderson Torres e encontrou um texto que seria de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral e, com isso, alterar o resultado das eleições presidenciais.

Oinegue ressalta que o documento pode ser considerado um ato preparatório, que antecede um crime. Ele explica que, em alguns casos, o ato preparatório pode ser considerado um crime em si, mas que essa é uma discussão jurídica. “Estamos iniciando agora uma investigação muito delicada, estamos discutindo o Estado democrático, respeito às instituições, golpe, são conceitos abstratos, mas que estão ligados ao princípio mais importante: democracia”, destaca Oinegue.

O ex-ministro de Bolsonaro, que é tambem ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, deve desembarcar no Brasil no sábado (14), quando será detido. A prisão de Anderson Torres foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O pedido referendado pelo magistrado foi feito pela PF.  

Eduardo Oinegue afirma que Torres tem o direito de ficar em silêncio e vai avaliar com os próprios advogados se deve falar ou não. Nas investigações da Lava Jato, muitos investigados começaram calados, mas, com o tempo, partiram para a delação premiada como forma de melhorar a própria situação jurídica.

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