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Oinegue: os prédios foram depredados, a democracia segue firme

Ataques vistos em Brasília não causaram risco ao Estado democrático, afirma o jornalista

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O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, analisa os ataques criminosos realizados contra os Três Poderes neste domingo (08), em Brasília. O jornalista ressalta que é importante separar os eventos em duas partes: o ataque à democracia e a defesa da democracia.

“Cometeu crime em Brasília quem depredou, quem incitou e quem deveria ter impedido o ataque, mas não impediu. Também cometeu crime quem financiou”, aponta Eduardo Oinegue. Os demais, de acordo com ele, não podem ser classificados como criminosos. Oinegue exemplifica que, se alguém presencia um assalto e não demonstra reação, isso não o torna criminoso. A situação, para o âncora, é a mesma que a observada em Brasília, onde enxerga que vários dos presentes estavam no local sem infringir a lei.

O jornalista aponta que os vândalos não podem ser considerados manifestantes ou bolsonaristas, mas sim criminosos dentro de um subgrupo de manifestantes bolsonaristas.

O âncora afirma que em nenhum momento durante os ataques a democracia esteve em risco, já que o país não estava diante de um golpe de Estado. “O golpe de Estado acontece quando você derruba a autoridade, quando se toma o poder para si. A democracia funcionou normalmente. Não que as pessoas que fizeram o que fizeram estavam comprometidas com a preservação da democracia, mas ela nunca esteve em risco”.

Eduardo Oinegue questiona ainda a estrutura empenhada para conter os atos. Ele avalia que foi pequena a quantidade de policiais presentes e pouco equipada, já que contava apenas com sprays de pimenta para conter uma multidão.

“Pode ter havido uma organização criminosa por trás? Sim. Pode ter o cara que financiou, o cara que incitou e pode ter um grupo por trás, mas nós não sabemos. É absolutamente irresponsável o presidente Lula apontar o dedo para Jair Bolsonaro como responsável por aquilo. Jair Bolsonaro tem responsabilidade por omissão, não reconheceu a derrota nas urnas, questionou a validade das urnas e ficou o tempo todo promovendo essas pessoas. Mas, ele incitou? Como o Trump fez nos Estados Unidos?”, indaga Oinegue.

O jornalista finaliza destacando que, no domingo (08), não estavam presentes milhares de baderneiros, mas sim milhares de pessoas na Esplanada e um grupo de vândalos que precisa ser identificado e punido.