O Ministério Público Federal em São Paulo pediu explicações urgentes ao Telegram após a empresa publicar uma mensagem pedindo que os usuários da rede social entrem em contato com parlamentares para reverter o andamento do PL das Fake News.
No comunicado, a empresa afirma que o Brasil está prestes a aprovar uma lei que vai acabar com a liberdade de expressão e que dá ao governo poderes de censura.
O projeto, que tramita no Congresso, prevê medidas para regulamentar as plataformas digitais em relação ao compartilhamento de conteúdo de desinformação.
Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou o adiamento da votação do texto, dizendo que ao fazer isso, se cede as “chantagens” das empresas de tecnologia.
O PL chegou a ser posto na pauta da Câmara dos Deputados nesta semana, mas foi retirado a pedido do relator, o deputado Orlando Silva, por entendimento que não existiam votos suficientes para a aprovação.
O relator se manifestou na tribuna após o comunicado do Telegram. Orlando Silva afirmou que a empresa “abusa da sua estrutura de serviço de mensagens e dissemina mentiras”.