MP quer sigilo em inquérito sobre assassinato de petista em Foz do Iguaçu

Caso tem “grande repercussão” e sigilo serve para evitar interferências nas investigações da Polícia Civil, de acordo com a promotoria

Rádio BandNews FM

MP pediu para que seja decretado o sigilo sobre o inquérito policial
Foto: Reprodução

O Ministério Público do Paraná pediu, nesta quarta-feira (13), para que seja decretado o sigilo sobre o inquérito policial que apura o assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu. No último final de semana, o agente penitenciário Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, matou o petista que comemorava aniversário de 50 anos.

Segundo a promotoria, o caso tem “grande repercussão” e o sigilo serve para evitar interferências nas investigações da Polícia Civil: “O acesso indiscriminado aos autos […] poderá tumultuar e interferir negativamente nas investigações, sobretudo em razão da existência de diversas diligências investigatórias ainda em curso”.

Até o momento, 17 pessoas foram ouvidas. O MP também quer acesso às informações do celular do policial penal, autor dos disparos. Guaranho, que também foi baleado após assassinar Arruda, segue internado em estado grave, sedado, e respirando por aparelhos.

A defesa do agente penitenciário tenta comprovar que a motivação da discussão que terminou com a morte do guarda municipal e líder sindical Marcelo Arruda não teve motivação política.

A advogada Marise Jussara Franz, indicada pelo Sindicato dos Agentes Federais de Execução Penal de Catanduvas, no Paraná, onde Guaranho trabalha, solicitou nesta quarta-feira (13) à justiça uma perícia para constatar a possível embriaguez da vítima.

O documento, obtido pela BandNews FM, pede, ainda, imagens de câmeras de vigilância para verificar o consumo de bebida alcoólica pelo aniversariante durante a festa. Ao solicitar os exames, a advogada alegou ainda legítima defesa de Guaranho, que segundo ela fazia uma ronda no clube e também teria sido agredido.

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