O Ministério Público Eleitoral do Paraná acolheu os argumentos da acusação e manifestou-se favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro, do União Brasil, por abuso de poder econômico.
O ex-juiz e ex-ministro foi alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral. Além de abuso de poder econômico, os processos também citam crimes de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social.
As ações foram movidas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV.
Na semana passada, ao prestar depoimento junto ao Tribunal Regional Eleitoral, em Curitiba, Sergio Moro negou as acusações. Ao deixar a audiência, o político classificou as acusações como "levianas".
Ao analisar as ações, no entanto, os procuradores regionais eleitorais acolheram parte das acusações. Eles entenderam que houve abuso de poder econômico durante a pré-campanha à presidência da República.
Dessa forma, Moro se valeu de investimentos realizados tanto pelo Podemos, partido pelo qual concorreria à presidência, quanto pelo União Brasil, legenda pela qual foi eleito Senador.
O MP Eleitoral também destaca, em relatório, que os gastos de Moro na pré-campanha superam a média dos investimentos de todos os candidatos ao Senado no Paraná durante a campanha regular. Assim, conforme esse entendimento, o ex-juiz teria levado vantagens indevidas sobre os concorrentes ao Congresso.