O Ministério Público Federal defende que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja considerado inelegível por pelo menos oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O órgão investiga uma ação apresentada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra a chapa do ex-mandatário após ele ter atacado o sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada.

O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Braco, emitiu um parecer que afirma que as provas reunidas indicam que houve abuso de poder político de Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano passado e na situação específica apresentada pelo partido.

Na ocasião, o ex-presidente se reuniu com embaixadores em Brasília e atacou, sem provas, o sistema eleitoral. Na época, órgãos oficiais já haviam desmentido acusações contra as urnas eletrônicas.

A manifestação do MP Eleitoral é a última fase da investigação aberta depois da ação do PDT. Após o parecer de Gonet, o processo está pronto para a elaboração do voto do ministro corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves. Ele é o relator do caso na Corte.

Ainda não há data para o Tribunal julgar a ação do partido, mas a expectativa é de que seja entre o fim de abril e o início de maio. Os ministros podem ou não seguir o entendimento do Ministério Público Eleitoral. 

Caso a maioria siga o entendimento do vice-procurador-geral eleitoral, Jair Bolsonaro irá permancer impedido de disputar eleições pelos próximos oito anos.