O número de mortes confirmadas por conta do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria já ultrapassa os 12 mil. Nesta quarta-feira (8), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou áreas atingidas pelo tremor e prometeu agilidade no processo de reconstrução das localidades mais afetadas.

A região de Gaziantep tremeu na madrugada da última segunda-feira (6), no mais forte terremoto em 80 anos na Turquia. O abalo alcançou uma magnitude de 7,8 graus na Escala Richter. Mais de cinco mil imóveis ficaram destruídos.

No terceiro dia após o tremor, milhares de pessoas seguem desaparecidas – o número total ainda é desconhecido. Mais de 50 mil pessoas estão feridas no território turco. As equipes de resgate enfrentam temperaturas baixas e diversas horas de trabalho para encontrar sobreviventes.

A ONU anunciou que o fluxo de ajuda humanitária entre a Turquia o noroeste da Síria, região também devastada pelo tremor, foi interrompido temporariamente na manhã desta quarta-feira (08) após as equipes se depararem com danos nas estradas e problemas logísticos.

Além disso, o governo de Bashar al-Assad não pode receber ajuda humanitária direta de muitos países por causa das sanções impostas pela guerra civil que prejudica a Síria a 12 anos.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no entanto, afirmou que mais de 45 países, além de organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde, enviaram ajuda humanitária ou equipes para auxiliar no resgate de sobreviventes nos dois países afetados.

O governo turco declarou estado de emergência de três meses em mais de 10 províncias afetadas no país.

Segundo a última atualização das autoridades, mais de 8 mil pessoas já foram resgatadas dos escombros e 13,5 milhões de pessoas foram afetadas.

O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque e no Líbano, mas afetou diretamente a região centro-sul do território turco, e foi seguido de 435 abalos secundários, entre eles três que ultrapassaram a magnitude de 6.