Morreu nesta segunda-feira (12) em um hospital de Milão, na Itália, o ex-primeiro-ministro do país e magnata das comunicações, Silvio Berlusconi. Aos 86 anos, o líder nacionalista estava internado há três dias para a realização de exames comuns aos pacientes com leucemia.
Membros do governo italiano lamentaram a morte em postagens no Twitter. O ministro da Defesa, Guido Crosetto, disse que a partida de Berlusconi marca o fim de uma era. A informação sobre a morte foi confirmada primeiramente pela agência de notícia Reuters.
O ex-primeiro-ministro estava internado no Hospital San Raffaele e recentemente foi diagnosticado com uma infecção pulmonar. Ele era acompanhado pela esposa Marta Fascina, com quem se casou em 2020.
Berlusconi governou a Itália em três oportunidades e deixou o cargo de premiê em meio a escândalos de corrupção e denúncias de assédio sexual. Figura central do partido direitista Forza Itália, tentou retomar influência política, mas a legenda ocupa pequena participação na coalizão da primeira-ministra Giorgia Meloni.
Conhecido pela época de ouro na economia italiana, Silvio Berlusconi era o quinto homem mais rico da Itália, segundo a revista Forbes. A fortuna acumulada é estimada em US$ 7 bilhões (cerca de R$ 34 bilhões). Dono de um conglomerado de mídia com jornais e televisões, era um apaixonado por futebol.
Presidiu o Milan por mais de três décadas e vendeu o clube para investidores chineses em 2017.
Berlusconi foi condenado pela primeira vez em 2013, por fraude fiscal. Cumpriu um ano de trabalho comunitário e não chegou a ser preso.
O ex-premiê deixa cinco filhos e vários netos. Até o início da manhã desta segunda (12), ainda não existiam informações sobre o velório e o enterro de Silvio Berlusconi.