Morreu neste sábado (16) a menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada por um agente da Polícia Rodoviária Federal durante uma abordagem no Arco Metropolitano, no Rio de Janeiro.
A criança estava internada desde o dia 7 de setembro no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, e o estado de saúde dela era considerado gravíssimo. Na última quinta-feira, ela teve uma piora e precisou ser reanimada depois de uma parada cardiorrespiratória.
Heloísa foi atingida por um tiro de fuzil na cabeça dentro do carro da família, na altura de Seropédica, quando voltava para Petrópolis, na região serrana, onde mora, depois de passar o feriado na capital fluminense.
Os três policiais envolvidos na ação foram afastados das funções, incluindo Fabiano Menacho Ferreira, que admitiu ter atirado contra o veículo em que estava a menina.
Em depoimento à Polícia Civil, o agente da PRF disse ter feito os disparados depois de ouvir o barulho de tiro e constatar que o carro usado pela família era roubado.
O pai da menina, William Silva, afirmou que, quando comprou, não sabia que o veículo era roubado, e que a viatura da Polícia Rodoviária Federal estava com o giroflex desligado e não houve qualquer ordem de parada.
O caso é investigado pela Polícia Federal, a Corregedoria da PRF e o Ministério Público Federal.
Nas redes sociais, a Polícia Rodoviária Federal disse que a Comissão de Direitos Humanos acompanha a família para acolhimento e apoio psicológico.
Além da conduta dos envolvidos na ação, o Ministério Público Federal e a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal investigam por que um agente da PRF entrou à paisana na UTI onde Heloísa estava internada.
Imagens das câmeras de segurança mostram o homem entrando no local, sem se identificar, e sendo seguido por um segurança até o corredor da emergência pediátrica.