A primeira-dama Janja da Silva não está abertamente engajada na campanha para a nomeação de uma mulher para a cadeira de ministra do Supremo Tribunal Federal. A posição de Rosângela, até agora, é de não opinar com integrantes do Governo sobre a escolha do próximo magistrado.
De acordo com interlocutores do presidente Lula (PT) ouvidos pela colunista da BandNews FM Mônica Bergamo, Janja costuma se posicionar e defender pautas que acredita, como a representatividade feminina, mas, nesse caso optou por deixar a escolha completamente à cargo do petista. A ação foi vista como “respeitosa”.
Isso acontece pela decisão do político de indicar alguém que ele tenha uma certa “proximidade”. Ele descarta a indicação de um jurista que seja amigo pessoal dele, como o último escolhido, o advogado Cristiano Zanin.
Luiz Inácio Lula da Silva já deixou claro nos bastidores que a escolha será por um nome que ele conheça os pensamentos sobre temas essenciais debatidos pela Corte. Esse ponto seria um empecilho para a nomeação de uma ministra, já que o presidente não possui proximidade com nenhuma mulher cotada para a cadeira.
Mas, de acordo com auxiliares do Governo, a expectativa é que Janja sofra, em breve, com a pressão de outras figuras femininas do Poder. As ministras do STF, Rosa Weber e Carmem Lúcia, se pronunciaram após a indicação de Zanin e criticaram a falta de mulheres na Corte.
Lula terá que indicar outro nome para ao Supremo em outubro deste ano, que é a data limite para a aposentadoria de Rosa Weber.