O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quarta-feira (9) que o objetivo da “operação militar especial” não é ocupar a Ucrânia. Entre os pedidos dos ucranianos para interromper a guerra estão: a desmilitarização do país vizinho, a garantia de não entrada na Otan e na União Europeia, além do reconhecimento da independência de Donbass, região separatista com maioria russa.
Ainda nesta quarta (9), Lavrov segue para a Turquia, onde participará de um Fórum Diplomático. Para esta quinta-feira (10), está agendado um encontro com o responsável da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba.
Segundo as agências russas de notícias, o quarto encontro para discutir a paz na região, o primeiro entre os ministros das Relações Exteriores, terá a mediação do chanceler da Turquia. A medida indica a entrada de um novo país nas discussões de paz, já que apenas Belarus estava sendo utilizada até então nos esforços de negociação.
RUSSOFOBIA
Nesta quarta-feira (8), por mais uma vez, autoridades russas passaram a falar em “russofobia” do Ocidente. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fez um pronunciamento à imprensa e denunciou o que chamou o preconceito contra o país de Vladimir Putin.
Segundo Zakharova, as ações, como a exclusão do piloto de Fórmula 1 Nikita Mazepin, da temporada, demonstram uma xenofobia que não será tolerada pelo Kremlin.
MAIS SANÇÕES
Em guerra com a Ucrânia há duas semanas, a Rússia promete divulgar em até dois dias a lista de bens e matérias-primas que deixarão de ser importados e exportados.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (8) pelo presidente Vladimir Putin após os Estados Unidos banirem a compra do petróleo russo.
As restrições vão valer até o fim do ano e podem atingir, inclusive, o gás vendido à União Europeia.
O presidente americano Joe Biden admitiu que a decisão de barrar a importação do petróleo russo vai trazer custos aos Estados Unidos, mas ressaltou que o mundo está “unido contra a guerra”.
Ele reconheceu, no entanto, que a medida não deve ser acompanhada pelos aliados europeus, uma vez que eles são muito dependentes da energia da Rússia.