O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncia a proibição de todas as importações de petróleo e gás da Rússia. Segundo o democrata, a medida vai afetar “a principal artéria da economia da Rússia” e tem como objetivo encerrar a guerra na Ucrânia.
O governo norte-americano estava sendo pressionado, nos últimos dias, para sancionar o setor enérgico russo.
Os Estados Unidos importaram, em média, 209 mil barris de petróleo russos por dia em 2021, 3% do total de importações do produto pelo país.
Após o anúncio da nova sanção, o preço médio da gasolina atingiu um recorde de US$ 4,17 por galão. O petróleo do tipo Brent também teve nova alta, de mais 4%. Com isso, o barril atingiu a marca de 128 dólares.
Também nesta terça-feira (08), o presidente ucraniano agradeceu a Biden por “atingir o coração da máquina de guerra de Putin”. Volodymyr Zelenskyy ainda pediu que outros países sigam o mesmo caminho.
Já o Reino Unido prometeu eliminar gradualmente as importações de petróleo e derivados da Rússia até o final de 2022.
Durante seu discurso, nesta terça-feira, o presidente Joe Biden ressaltou que entende que muitos aliados europeus “podem não estar em posição” de impor uma proibição semelhante.
A Europa tem uma maior dependência do fornecimento de energia russa, com cerca de 35% do gás natural utilizado na União Europeia vindo de Moscou.
Por conta disso, a Comissão Europeia disse que a guerra “demonstra a urgência de acelerar nossa transição de energia limpa”, anunciando planos para aumentar a independência energética do bloco.
O objetivo é tornar a União Europeia totalmente independente do gás, petróleo e carvão russos até 2030.