O presidente da França, Emmanuel Macron, desembarca nesta terça-feira (8) na Ucrânia para uma conversa com o presidente do país, Volodymyr Zelensky. O francês tenta mediar um entendimento com a Rússia para reduzir as tensões na região.
Na segunda (7), Macron esteve em Moscou para conversar com Putin. Por lá, ele disse estar em busca de uma resposta “útil” para a resolução do conflito e que espera construir um caminho confiável, estável e viável para a coabitação da OTAN e da União Europeia com o país de Putin.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou que não será em uma reunião que tudo será resolvido.
Macron não aceitou todas as exigências russas, que busca um compromisso da Organização do Tratado do Atlântico Sul, aliança militar de europeus e americanos, não se expandir mais para o Leste Europeu. Segundo Putin, a aproximação de tropas internacionais da Rússia deixa o país vulnerável, por isso, militares foram deslocados para a fronteira com a Ucrânia, indicando que os russos poderiam invadir a ex-república soviética.
O presidente francês disse que OTAN vai continuar recebendo novos membros, mas pode limitar a quantidade de tropas em países vizinhos à Rússia. Para ser aprovada, a proposta precisa ser discutida com os Estados Unidos.
Nos últimos dias, três mil militares americanos chegaram na Polônia, Alemanha e Bulgária para reforçar o contingente de 70 mil homens que ficam baseados na Europa.
Na Ucrânia, Macron terá a companhia dos ministros das Relações Exteriores da Alemanha, República Tcheca, Eslováquia e Áustria na busca de uma solução para o conflito. Putin se comprometeu a ligar para o presidente francês ao final da reunião para discutir os resultados do encontro.
Nos últimos dias, têm crescido as oportunidades de uma resolução diplomática para a escada da tensão no Leste Europeu. Evitar uma guerra é prioridade por conta do grande número de baixas civis que poderiam ocorrer.
Nesta segunda (7), o primeiro-ministro Olaf Scholze se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir possíveis sanções à Rússia no caso de uma invasão ao território ucraniano.