O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou as terras indígenas Yanomami, em Boa Vista, capital de Roraima, neste sábado (21). Lula declarou que a situação vivida pelos indígenas é desumana.
O Ministério da Saúde decretou estado de emergência pública com a intenção de enfrentar a desassistência sanitária no território indígena. A região abriga a maior reserva indígena do país, tendo em média cerca de 30 mil yanomamis.
As crianças e os idosos são os mais afetados pelo estado de calamidade, tendo sido registradas três mortes de crianças yanomamis entre 24 e 27 de dezembro de 2022. A região acumulou também onze mil e quinhentos casos de casos de malária durante todo ano passado.
O presidente estava acompanhado de sete ministros, entre eles, Nísia Trindade, responsável pelo Ministério da Saúde, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas.
Durante entrevista com a imprensa, Lula declarou que irá levar o Sistema Único de Saúde (SUS) para as aldeias, para realizar plantões médicos e facilitar a dinâmica de deslocamento.
As equipes de Força Nacional de Saúde vão desembarcar nesta segunda-feira (23), em Boa Vista, para atender a população Yanomami.
Em relação ao garimpo ilegal, o presidente prometeu combater o problema que assola a vida dos yanomamis com seriedade. “Nós vamos levar muito a sério essa história de acabar com o garimpo ilegal” disse Lula.
Lula aproveitou ainda para criticar a antiga gestão do país e declarou que se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tivesse “feito tanta motociata”, quem sabe o “povo não estaria abandonado”.