Pontos de ônibus e estações do BRT e de trem amanheceram mais movimentados na manhã desta quarta-feira (25) em vários pontos da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Apesar da tensão, devido aos episódios de violência nos últimos dias, os trabalhadores, mesmo com medo, retomam a rotina.
O Governo Federal avalia empregar a presença das Forças Armadas em algumas áreas do Rio de Janeiro depois dos ataques em série.
O clima ainda é tenso para os motoristas. Segundo o Rio Ônibus, Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio, mesmo com a operação normalizada no município, os rodoviários ainda enfrentam ameaças de criminosos e o medo de sofrerem retaliações em alguns pontos dos trajetos.
O Rio Ônibus disse ainda que segue em diálogo com as autoridades competentes.
O sindicato confirmou nesta quarta que, nos ataques aos veículos na segunda-feira (23), um motorista ficou ferido e segue internado com quadro estável. Ele teria voltado para dentro de um ônibus em chamas para resgatar a mochila.
Nesta terça-feira (24), o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que sugeriu a possibilidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O chefe do Executivo deve consultar o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Dino negou, no entanto, a possibilidade de uma intervenção federal na segurança pública do Estado.
O Rio de Janeiro viveu um dia de apreensão nesta terça e parte do comércio fechou as portas com medo de novos ataques na Zona Oeste da cidade. Doze unidades de saúde da rede municipal ficaram fechadas e os trens urbanos circularam de maneira irregular.
Os ônibus queimados deixaram um prejuízo de R$ 35 milhões para a capital fluminense.