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Rodolfo Schneider: "Milícias são mais perigosas do que facções do tráfico"

Ataques a ônibus provam a extensão do crime organizado, na análise do âncora Rodolfo Schneider

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Rodolfo Schneider: "Milícias são mais perigosas do que facções do tráfico"
Ônibus incendiados por milicianos no Rio
Reprodução/Band

Os ataques a 35 ônibus por milicianos na zona oeste do Rio de Janeiro após a morte de Matheus da Silva Rezende, sobrinho do chefe de uma das maiores milícias da zona oeste da capital fluminense, na segunda-feira (23), mostram a evolução da força de grupos armados em comunidades da cidade.

O crime organizado tem se tornado mais perigoso do que facções do tráfico, segundo o jornalista Rodolfo Schneider, que aponta as conexões políticas com agentes do Estado como fator diferencial das milícias atuais.

Na década de 90, esses grupos atuavam com base na política de "polícia comunitária", controlando apenas regiões específicas. "Hoje, as milícias passaram a ter o mesmo modus operandi do tráfico e atuam em diversas regiões", explica o apresentador do BandNews Rio 1ª edição.

O episódio mais recente se passou em ao menos sete bairros, afetando mais de um milhão de moradores.

Schneider comenta também que o Rio de Janeiro enfrenta agora a chamada "narcomilícia". "As milícias se juntam com o tráfico, muitas vezes traficam e passam a ter pessoas egressas do tráfico, que tem um perfil mais agressivo".

O presidente Lula afirmou nesta terça-feira (24) que pretende enviar reforços à Polícia Federal e garantir atuação das Forças Armadas no estado.

"Vou conversar com o ministro da Defesa na perspectiva de fazer com que a Aeronáutica possa ter uma intervenção nos aeroportos do Rio de Janeiro e a Marinha nos portos, para que a gente possa combater mais o crime organizado", afirmou o presidente.

Confira o comentário completo do âncora Rodolfo Schneider no vídeo a seguir: