O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ajuizou neste sábado (10), no Tribunal Superior Eleitoral, uma ação de Investigação Judicial por abuso de poder político e econômico, além de uso indevido dos meios de comunicação, contra Jair Bolsonaro.
O documento apresentado pela Coligação Brasil da Esperança diz respeito às ações não só do presidente da República, mas também de outros 17 participantes e financiadores dos eventos de 7 de setembro ocorridos em Brasília e no Rio de Janeiro.
O ex-presidente argumenta que as comemorações foram "transformadas em pretexto para a promoção abusiva e ilícita de candidatura". A coligação pede, liminarmente, que Bolsonaro se abstenha de usar na campanha quaisquer materiais gráficos, fotografias ou vídeos produzidos nos atos.
A iniciativa é formada pelos partidos PT, PV, PCdob, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros.
Na quinta-feira (08), a senadora Soraya Thronicke e candidata à Presidência da República pelo União Brasil, fez a mesma representação. O documento pede punições por conduta vedada, definida na legislação eleitoral, "por interferirem na lisura e equilíbrio das eleições".
INVESTIGAÇÃO
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Benedito Gonçalves abriu, nesta sexta-feira (09), uma investigação para apurar se a chapa do presidente Jair Bolsonaro com o general Braga Netto cometeu irregularidades nas comemorações do Bicentenário da Independência.
O inquérito atende um pedido do PDT, que defende que os dois tenham o registro cassado e sejam declarados inelegíveis. Os citados têm cinco dias para apresentar defesa.