Depois de algumas semanas de ajuste e montagem da equipe, Ricardo Lewandowski toma posse, nesta quinta-feira (1º), como novo ministro da Justiça e Segurança Pública.
Estão previstas duas cerimônias, sendo a primeira às 11h, para assinatura do termo de posse com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a outra durante a tarde, para dar posse aos secretários da pasta.
Nos bastidores, a avaliação de aliados de Lewandowski é de que uma série de questões ficaram pendentes da gestão de Flávio Dino.
Entre elas, o enfrentamento dos problemas de segurança pública no Rio de Janeiro e na Bahia, a elaboração de um plano de recompra de armas de fogo, a obrigatoriedade de câmeras em fardas policiais e o combate ao garimpo ilegal.
No último dia que esteve à frente da Justiça e Segurança Pública, Dino participou de uma espécie de despedida, com a apresentação de dados relacionados à segurança pública no Brasil em 2023.
Durante o evento, foram apresentados os principais resultados e as entregas da gestão Dino, a exemplo da queda dos registros de crimes violentos, como homicídio e latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
Ao comentar os resultados, Flávio Dino destacou que os casos de latrocínio caíram mais de 23% e os feminicídios caíram cerca de 2%.
Ele também destacou que a Polícia Federal segue combatendo a corrupção, mas que a única mudança foi o fim dos espetáculos das operações da corporação.
Somente em 2023, a PF apreendeu mais de R$ 1,8 bilhão em bens e valores apenas de criminosos envolvidos com o tráfico de entorpecentes.
Em outro ponto, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 707 toneladas de drogas em todo o Brasil, número maior do que em 2022, quando as apreensões somaram 618 toneladas.
Essa ação, somada com a nova política de restrição de armas de fogo, que reduziu a circulação em território nacional, ajudou na diminuição dos crimes.
Ao fim da cerimônia, Lula apontou que o país tem que jogar pesado para acabar com o que ele chamou de indústria internacional do crime organizado.
O Ministério da Justiça destacou ainda a integração feita com as 27 unidades da Federação na construção do Sistema Único de Segurança Pública.
Foram doados mais de R$ 390 milhões em equipamentos, viaturas, armamentos e drones aos estados em um esforço de melhorar e de ampliar o trabalho local das Polícias Militar e Civil.