O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, vai tomar posse no próximo dia 1º. Ele foi anunciado no cargo nesta quinta-feira (11) pelo presidente Lula. No entanto,
Lewandowski chega para substituir o ministro Flávio Dino, que vai assumir a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou ao chegar aos 75 anos. Até a posse do novo ministro, Dino segue na pasta e, em 22 do mesmo mês, assume a função na Suprema Corte.
“Ele, ontem, me comunicou que ele aceita ser o novo ministro da Justiça desse país. Eu acho que ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla que está aqui do meu lado [Lewandowski e Dino], cada um na sua função”, declarou Lula.
Ricardo Cappelli, que ocupava interinamente o ministério da Justiça, saiu de férias. Em um post na rede X, antigo Twitter, ele disse que não pediu demissão e que vai colaborar na transição do Ministério da Justiça e Segurança Pública quando retornar do descanso. Nos bastidores de Brasília, a informação é de que o interino não aceitaria assumir outra posição na pasta que não a cadeira de ministro.
Cappelli foi cotado para assumir o ministério. A possibilidade de dividir o ministério em dois, separando Justiça e Segurança Pública, também era ventilada.
O presidente Lula disse que deu carta branca ao novo ministro da Justiça para definir a equipe na pasta. “Eu, quando indico uma pessoa, indico por uma relação de confiança. E eu digo para a pessoa: 'monta o seu governo. Quando você tiver com o governo montado, você me procure que eu vou ver se eu tenho coisas contrárias a alguém, se eu tenho alguma indicação para fazer [..] Eu quero que as pessoas montem o time que ele vai jogar", afirmou Lula.
Lewandowski se aposentou do STF em abril, um mês antes de completar 75 anos, idade limite para os ministros do Supremo Tribunal Federal. Hoje em dia, Ricardo Lewandowski é presidente do Conselho de Assuntos Jurídicos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União (AGU), e do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.
