Juíza que impediu menina estuprada de fazer aborto legal deixa caso

Justiça liberou menina de 11 anos de abrigo em Santa Catarina

Rádio BandNews FM

onselho Nacional de Justiça afirma que está apurando a conduta da juíza. Foto: ALSC
onselho Nacional de Justiça afirma que está apurando a conduta da juíza.
Foto: ALSC

A Justiça de Santa Catarina determinou que a menina de 11 anos, vítima de estupro e mantida em um abrigo para evitar que fizesse aborto autorizado, volte a morar com a mãe, em Tijucas, no litoral catarinense.

A advogada da vítima, Daniela Felix, aponta que a partir de agora trabalhará para que o procedimento médico seja realizado da forma mais segura possível.

O Conselho Nacional de Justiça afirma que está apurando a conduta da juíza Joana Ribeiro, autora da ação que negou o direito ao aborto da criança. A magistrada anunciou que deixou o caso porque foi transferida para a comarca de Brusque, no Vale do Itajaí . O convite ocorreu antes da repercussão do caso.

A corregedoria geral do Ministério Público de Santa Catarina também instaurou um procedimento para apurar a conduta da promotora Mirela Alberton. Segundo o colunista da BandNews FM, Rodrigo Haidar, a juíza Joana Ribeiro Zimmer formou um leque de informações falsas para fazer com que a criança chegasse ao final da gestação.

Por meio de nota, o Hospital Universitário de Florianópolis alega que recebe “crianças e adolescentes de todo o Estado de Santa Catarina, para realizar interrupção legal da gestação em decorrência de estupro de vulnerável. No entanto, há situações, pontuais, cuja conduta do poder judiciário não corresponde à expectativa da equipe assistencial da instituição em atender as demandas de saúde na sua integralidade”.