A inflação oficial do Brasil voltou a subir em outubro depois de três meses seguidos em queda. A média de preços registrou alta de 0,59 no décimo mês do ano, anunciou o IBGE nesta quinta-feira (10). Economistas já esperavam o aumento, mas o crescimento foi maior do que o esperado.
Com o resultado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo acumula alta de 4,70% no ano. Já nos últimos 12 meses, o índice tem crescimento de 6,47%. Em outubro de 2021, o índice foi de 1,25%.
Em 12 meses, a inflação continua acima da meta estipulada pelo Banco Central. No ano, a autoridade monetária aceita uma alta de 3,5%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Dentre os nove grupos pesquisados, oito tiveram alta em outubro. O setor de vestuários apresentou a variação mais intensa, com elevação de 1,22%. No entanto, alimentos e bebidas continua sendo a maior influência no índice geral, com crescimento de 0,72%.
De acordo com o IBGE, alimentos como batata-inglesa, tomate, cebola e frutas apresentaram as maiores altas. Já o leite longa vida recuou mais de 6% e o óleo de soja registrou a quinta queda consecutiva.
Outros setores que contribuíram para a alta foram saúde e cuidados pessoais, por conta dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e transportes, devido ao recuo menor dos combustíveis e a alta nas passagens aéreas. Juntos, os três setores respondem por 73% do IPCA de outubro.
Todos as 16 regiões do país pesquisadas apresentaram variação positiva no período.