O Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo tem alta de 0,62% em dezembro e fechou o ano de 2022 acumulando um incremento de 5,79%. Pelo segundo ano consecutivo, a inflação oficial do país estourou o teto da meta do Banco Central. O Conselho Monetário Nacional tinha como meta alta de 3,5% nos preços, com intervalo de 1,5 ponto percentual.
Embora acima da meta, o IPCA desacelerou na comparação com 2021, quando acumulou subida de 10,06%. Os dados de 2022 foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE.
Com o índice, o Banco Central terá que divulgar uma carta aberta explicando a situação.
Para o controle da inflação, o BC tem aumentado a taxa básica de juros. A elevação da Selic é a forma como a autoridade monetária tem para conter o crédito e, consequentemente, os preços.
De acordo com o instituto, o resultado do ano passado foi influenciado pelo setor de alimentação e bebidas, que teve o maior impacto no acumulado do ano. Cebola, leite longa vida, batata-inglesa, frutas e o pão francês foram os produtos que apresentaram as maiores elevações entre os alimentos para consumo em domicílio.
Já a maior variação registrada foi no grupo vestuário, que apresentou altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. A alta do algodão tem influenciado neste caso.
Os cortes no grupo dos combustíveis influenciaram a redução em relação a 2021.
Ainda assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo veio maior que a expectativa do mercado, que previa a inflação em 5,6%.