O Ibama analisa o pedido de reconsideração da Petrobras para que a empresa possa explorar petróleo em águas profundas, na bacia da Foz do Rio Amazonas.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente informou que não há prazo para que a decisão seja tomada, mas informou que a licença, caso concedida, pode ser emitida em até 1 ano.

O pedido feito pela estatal foi protocolado na última quinta-feira (25) após a empresa assumir o compromisso de ampliar ações de socorro e apoio à fauna em caso de vazamento de óleo no mar. Esse foi o principal entrave que levou os dois primeiros pedidos a serem negados.

A Petrobras precisa dessa autorização para iniciar a perfuração do poço exploratório, a 175 quilômetros da costa do Amapá.

Segundo o presidente da companhia, Jean Paul Prates, a exploração poderia gerar 14 bilhões de barris de petróleo.

Nas redes sociais, o executivo afirmou que o processo foi conduzido com "a máxima diligência pelas equipes de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Petrobras".

A decisão do Ibama causou divergências dentro do Governo Federal: a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se pronunciou a favor do Instituto e afirmou que é importante seguir a determinação por se tratar de um parecer técnico. Já o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues, que recentemente anunciou saída do partido de Marina, o Rede Sustentabilidade, se mostrou contrário e reiterou que a exploração pode trazer benefícios socioeconômicos para a região amazônica e, em particular, o estado pelo qual foi eleito.