No 22º dia de guerra entre Ucrânia e Rússia, bombardeios aéreos atingiram um prédio residencial em Kiev nesta quinta-feira (17). O governo ucraniano afirma ter interceptado 10 aviões e foguetes de cruzeiro russos. Um prédio de 16 andares foi atingido e ao menos uma pessoa morreu.
Relatório divulgado pelo serviço de inteligência do Reino Unido, nesta quinta (17), afirma que as tropas russas pouco avançaram nas últimas horas e que há poucos progressos nas frentes por terra, ar e mar. Segundo os ingleses, há uma forte resistência ucraniana.
Enquanto isso, as negociações entre as delegações para um acordo de paz continuam de forma remota. Nesta quarta (16), o jornal britânico Financial Times afirmou o esboço do acordo de paz estava prestes a ser assinado e 15 pontos prioritários estavam acertados.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, nega que o acordo esteja pronto e voltou a pedir ajuda do Ocidente para a criação de uma Zona de Exclusão Aérea na Ucrânia.
Enquanto isso, negociadores russos afirmaram que um acordo era possível e que as discussões continuam. Um dos pontos mais debatidos é a desmilitarização da Ucrânia. O país manteria uma Força Militar para atuação apenas para proteção territorial, mas sem pode atuar fora das fronteiras.
Outro compromisso que a Rússia tenta arrancar dos ucranianos é a neutralidade e o compromisso de não ingressar na Otan.
Enquanto as negociações avançam, bombardeios continuam, em uma tática de pressionar a Ucrânia a fechar um acordo o mais rápido possível.
PUTIN CRIMINOSO DE GUERRA
Em pronunciamento na Casa Branca nesta quarta (16), o presidente americano chamou Vladimir Putin de “criminoso de guerra”. A Rússia classificou a fala como "inaceitável e imperdoável". Posteriormente, a Casa Branca disse que Biden falou com o coração em um momento informal com jornalistas.
No mesmo dia, Joe Biden anunciou assinou um acordo para a destinação de US$ 800 milhões em assistência aos ucranianos, elevando para US$ 1 bilhão a ajuda total enviada à Kiev, desde o início da guerra.