O governo da França anunciou nesta quinta-feira (29) que 40 mil policiais foram deslocados para os subúrbios de Paris para conter uma onda de protestos contra a morte de um jovem negro. A madrugada foi violenta em diferentes cidades do país e, ao menos, 170 pessoas foram presas em atos de vandalismo.
O jovem de 17 anos de origem norte-africana identificado como Nahel foi morte na noite de quarta-feira (28) ao fugir de uma blitz policial. Ele foi baleado, bateu o carro que estava e morreu. Há questionamentos sobre a severidade da abordagem policial.
O presidente Emmanuel Macron convocou uma reunião extraordinária com ministros para discutir a crise.
A madrugada foi marcada por carros incendiados e pedras arremessadas contra policiais em Nanterre, cidade a 15 quilômetros da capital francesa, e onde a abordagem aconteceu.
Também foram registrados protestos em Lille, Toulouse, Amiens e Dijon. Existe a preocupação de que a onda de manifestações se espalhe ainda mais pelo país, por isso, a necessidade de respostas para o caso.
A Procuradoria de Paris acusou formalmente o policial que atirou no jovem, ele vai responder por homicídio voluntário.
O presidente da França considerou a ação como ‘indesculpável’, mas também repudiou os protestos.