A Finlândia inicia oficialmente nesta terça-feira (4) a participação na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan.
A solenidade aconteceu em uma cerimônia em Bruxelas, na Bélgica, com a presença de chanceleres dos países integrantes, o secretário-geral do bloco, Jens Stoltenberg, e o secretário de estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
A adesão ao bloco foi acelerada após o estopim da guerra entre Rússia e Ucrânia. A exemplo da Suécia, a Finlândia adotava o princípio da neutralidade, ou seja, não se posicionava em conflitos internacionais, mas a postura mudou a partir do início da disputa territorial.
Agora, a Finlândia, que tem cerca de 1,3 mil quilômetros de fronteira com o país liderado por Vladimir Putin, poderá ser defendida pelas forças militares da Otan em caso de possível ofensiva russa sobre o território.
Na última semana, a nação quebrou a última barreira para oficializar a adesão ao bloco após o parlamento da Turquia aprovar a entrada. Para que um novo país passe a integrar a organização, é necessária unanimidade entre os membros da aliança.
Após o anúncio, o Kremlin já anunciou retaliações. Nesta terça (4), o ministro de Defesa do país, Sergei Shoigu, falou que a adesão “cria risco de uma escalada nos conflitos” e afirmou que a Rússia “tomará medidas retaliatórias para defender a nação”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, volta a falar que o aumento da Otan é uma ameaça à Rússia e que o governo irá agir "de maneira tática e estratégica para defender a segurança”.