Apesar das ameaças da Rússia, o governo da Finlândia anuncia que irá solicitar a adesão à OTAN. O movimento representa o abandono do status de neutralidade, uma marca do país nas últimas décadas.
No sábado (14), os russos cortaram o fornecimento de eletricidade para os finlandeses alegando problemas no recebimento de pagamentos. O Kremlin ainda falou na possibilidade de colocar armas nucleares no Báltico para garantir a própria segurança.
Neste domingo (15), a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, destaca que o pedido de ingresso na aliança militar do Ocidente foi uma medida muito bem estudada e que vai dar maior segurança ao país.
A decisão precisa ser aprovada pelo Parlamento finlandês. Também é necessário que todos os 30 membros atuais da aliança militar aceitem a entrada finlandesa.
No entanto, o governo da Turquia, um dos membros da OTAN, já se posicionou de forma contrária, acusando a Finlândia de abrigar “organizações terroristas” curdas. Segundo o presidente finlândes, Sauli Niinistö, esse obstáculo deve ser superado.
A Suécia também já expressou seu interesse de se juntar à OTAN. Neste domingo, o partido no poder aprovou candidatura do país.
O secretário-geral da aliança militar do Ocidente, Jens Stoltenberg, disse que "a porta da OTAN está aberta" para suecos e finlandeses.