A Copa do Mundo de 2023 é apenas a nona edição feminina. A primeira foi realizada em 1991, 32 anos atrás, na China, com o título indo para os Estados Unidos. Antes dessa, em 1988, houve uma experimental, em que o Brasil ficou com o terceiro lugar.
Apesar de essa história de Copas Femininas ser recente, os registros disponíveis são praticamente através de relatos e acervo pessoal.
Para que o torcedor conheça a cronologia dos fatos, o Museu do Futebol, em São Paulo, apresenta a exposição Rainhas de Copas para celebrar as conquistas da modalidade e das envolvidas ao longo dos mundiais. A ideia de produzir um setor temporário no Pacaembu sobre os Mundiais femininos veio também da necessidade de contar as histórias, e da curiosidade de torcedores e até de pesquisadores.
Marília Bonas, diretora técnica do Museu do Futebol, ressalta o desafio de ir atrás de acervos pessoais e relatos das envolvidas por causa da falta de documentos. "É uma história que tem muitos pontos de conexão, muitas conquistas pouco celebradas pela mídia e pelo público, que pouco conheceu essa história. Tivemos que hierarquizar e fazer estratégias para o público descobrir em camadas”, conta.
A exposição Rainhas de Copas traz uma linha do tempo desde a primeira Copa Feminina experimental, em 1988, até a última edição, de 2019, passando por todos os destaques e os principais momentos da seleção brasileira.
Há ainda muitas pessoas que não sabem que o futebol feminino foi proibido no país por praticamente 40 anos. E esse atraso prejudicou a evolução da modalidade que, agora, tem aproveitado alguns avanços.
Pela primeira vez na história, a equipe nacional viajou em voo fretado quando foi para a Austrália no começo do mês; a delegação de 31 pessoas, excluindo jogadoras, conta com 17 mulheres, mais da metade do grupo, algo inédito. Houve também a criação do Núcleo de Saúde e Performance para a seleção feminina, que conta com médicos, fisioterapeutas, psicólogos e ginecologista.
Mas, o principal, é que pela primeira vez, na nona edição de Copa do Mundo, o Brasil será comandado por uma mulher: a sueca Pia Sundhage, que chegou em 2019 ao país.
A exposição Rainhas de Copas, no Museu do Futebol, em São Paulo, estará aberta até 27 de agosto, de terça a domingo, das 9h às 18h. O ingresso custa R$ 20 e há meia-entrada - crianças até 7 anos não pagam e, na terça-feira, há gratuidade para todos. O local deve ter também algumas transmissões de jogos durante esta Copa do Mundo.
Este é o primeiro episódio de uma série especial que a BandNews FM leva ao ar nesta semana, na expectativa para a Copa do Mundo Feminina.