O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli será velado na tarde desta quarta-feira (29) em Belo Horizonte. Ele morreu pela manhã, aos 86 anos, após um mês internado por complicações de uma cirurgia no fêmur. Paolinelli era presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e foi um dos fundadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba).
O ex-ministro era considerado o “pai da revolução verde no Brasil” e conseguiu com “simpatia e atenção” conquistar destaque nas pesquisas contra a fome. Ele foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em 2021 e 2022 pelas contribuições à segurança alimentar. Em 2006, ganhou um dos principais prêmios da área, o World Food Prize - uma espécie de Nobel da alimentação.
O velório começa às 15h, no Palácio da Liberdade, antiga sede do governo de Minas Gerais. Já o enterro será às 11h de sexta (30), no cemitério Parque da Colina, na capital mineira. Existe a previsão de o ex-presidente Jair Bolsonaro participar do velório nesta quinta.
O Ministério da Agricultura, em nota, lamentou a morte do ex-ministro Alysson Paolinelli e afirmou que ele foi uma das “principais referências do agro brasileiro”.
O governador mineiro Romeu Zema decretou luto oficial de três dias e destacou a importância do ex-ministro para o agronegócio brasileiro: “Perdemos um grande mineiro. Com certeza, foi um dos maiores nomes da agricultura. Se o Agro é uma potência que alimenta o mundo, Alysson tem um importante legado nesse trabalho”.
O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também se manifestou nas redes sociais, ressaltando que Alysson Paolinelli revolucionou o agronegócio brasileiro, levando prosperidade para onde se acreditava ser solo infértil.
A ex-ministra e atual senadora pelo Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina, destacou a contribuição de Paolinelli para que hoje fôssemos uma "potência agroambiental”.