O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, analisa os efeitos do assassinato de um tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná, por um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro. Na opinião do jornalista, a situação evidencia como os políticos usam os eleitores como massa de manobra para benefício próprio.
Oinegue acredita que os eleitores de A ou B não podem - e nem devem - brigar entre si em prol da defesa de ideais de seus candidatos: “O outro que pensa algo diferente de você não é o seu problema. Na política, essa paixão chegou a um limite complicado”.
O âncora chama a atenção para a influência do fanatismo político sobre as pessoas, e diz que ações extremistas motivadas por questões políticas não são aceitáveis: “Atirar pelo Lula ou pelo Bolsonaro, qual a lógica disso?".
Oinegue pontua que a função de acalmar os ânimos dos eleitores deve ser dos próprios candidatos, o que, segundo ele, não aconteceu em relação ao caso de Foz do Iguaçu: “Sabemos que não dá para contar com a responsabilidade deles [políticos]”.
O jornalista pondera, no entanto, que é legítimo defender posições políticas próprias, mas ressalta que a luta pelos candidatos não pode passar do campo das ideias: “Não pensem que a eliminação do outro faz parte do jogo democrático [...]. Imagina aonde isso vai parar se a gente não levantar uma bandeira branca”.