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Economistas demonstram otimismo com corte dos juros e aquecimento da economia

Haddad classificou a redução como técnica e um reconhecimento de que o governo está na “direção certa”

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Agência Brasil

Com a redução de 0,5% na taxa básica de juros, economista e especialistas ouvidos pela BandNews FM apontam um cenário favorável para o País e perspectivas positivas para a economia. O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda José Roberto Mendonça afirma que a decisão desta quarta-feira (02) abre espaço para novas reduções da Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central. “Eles [Banco Central] já comunicaram ao mercado que nas últimas três reuniões deste ano teremos mais 0,5% em cada uma delas e chegaremos em 11,75%. E é uma boa queda, eu acho bem razoável do ponto de vista da política monetária”, disse.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu, por cinco votos a quatro, a Selic de 13,75% para 13,25%. O voto decisivo veio do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A Confederação Nacional da Indústria também considerou a decisão do Banco Central “acertada” e afirmou esperar novos cortes nas próximas reuniões. O gerente-executivo da CNI, Mário Sérgio Telles, diz estar satisfeito com a decisão e prevê “quedas significativas” no mercado industrial.  

Na avaliação da Confederação Nacional do Comércio, o corte promete ajudar o varejo e aliviar o orçamento das famílias e empresas que estão endividadas.

Para a CEO da Fintech Magalu, Carlos Mauad, a possibilidade de crescimento nas vendas pode fazer com que as empresas aumentem as contratações nos próximos meses, gerando mais empregos. “Nós falamos sobre ter novas iniciativas dentro de uma empresa, falamos de novas estruturas e produtos, e consequentemente, novos times”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que a decisão, e principalmente o voto do presidente do BC, Robert Campos Neto, foi tomada com base em critérios técnicos, apontando que o governo está na direção certa.

"Eu tenho certeza, até por conhecê-lo há oito meses, que o presidente do BC votou com aquilo que ele domina na economia. É um voto técnico, calibrado à luz de tudo o que ele conhece da realidade do país. O fato de que nós estamos, nesse momento, alinhados em torno da decisão não significa que houve concessão do BC. Era uma situação de votação apertada mesmo, por várias opiniões no mercado", completou Haddad.

Em uma rede social, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que a taxa deve apresentar mais uma queda nos próximos meses. Além disso, ele diz que a decisão do Copom é resultado dos esforços do governo, que gerou condições para que o movimento acontecesse.

Em nota, o Banco Central afirmou que o corte ocorreu devido a melhora do quadro inflacionário no Brasil, e reforçou que segue buscando a “convergência do custo de vida”, para atingir a meta de 3,25% ao ano.

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