O ex-governador de São Paulo João Doria anunciou nesta segunda-feira (23) a desistência da candidatura à Presidência da República. O político disse entender que não era a “escolha da cúpula do PSDB” para a vaga. A desistência foi anunciada em um ato público, na capital paulista, com a presença do presidente do partido Bruno Araújo.
No discurso em que leu para anunciar a desistência, Doria fez um preâmbulo lembrando que o pai foi cassado pela Ditadura Militar e lembrou o sucesso nas disputas pela Prefeitura de São Paulo, em 2016, e pelo Governo de São Paulo, em 2018.
Empresário com história na iniciativa privada, o tucano disse que construiu uma carreira política para ajudar as pessoas e lembrou que foi o responsável pela vacina CoronaVac, feita em parceria com a fabricante chinesa Sinovac.
Doria disse que sai da disputa com o “coração ferido, mas com a alma leve e a cabeça erguida”. O ex-governador disse apoiar a reeleição do governador Rodrigo Garcia, do PSDB em São Paulo, e não fez menção a novos cargos que pretende disputar.
O tucano ganhou em dezembro passado as prévias do partido pela indicação como nome para a disputa da presidência da República. Ele venceu o ex-governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Desde então, Doria perdeu apoio interno com as dificuldades para subir nas pesquisas de intenção de voto.
Na semana passada, os presidentes do PSDB, MDB e Cidadania, que conversam para a construção de uma candidatura única à presidência, decidiram pelo nome de Simone Tebet, senadora pelo Mato Grosso do Sul. Os partidos partiram de pesquisas internas que indicam o nome dela como o de menor rejeição.