O âncora do BandNews FM No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, comentou nesta quarta-feira (18) a situação em que se encontra o pré-candidato à presidência do PSDB, João Doria.
Oinegue usa como exemplo Cristiano Machado, que foi lançado pelo PSD candidato à presidência em 1950, mas o próprio partido dele voltou atrás e decidiu apoiar Getúlio Vargas no meio do caminho. O movimento deu origem ao termo cristianização, que funciona como sinônimo de abandono: “Não sabemos se a dorianização será um caso como o de Cristiano Machado, ou se vai ser uma nova definição do calendário político, significando não abandono, mas sim a obrigatoriedade de desistência por forte pressão de seu próprio partido”.
Doria sofre pressão de caciques tucanos para abandonar a corrida eleitoral diante dos números nas pesquisas considerados insuficientes por correligionários. O ex-governador paulista ganhou, no ano passado, em prévias do partido, a autorização para concorrer ao Planalto.
Eduardo Oinegue explicou que a dorianização, em referência ao tucano, é diferente da cristianização: “Para ele, a dorianização é a vitória de um candidato que mesmo em condições adversas, revela ser um vencedor”.
Porém, segundo o jornalista, esse termo pode mudar de sentido, passando a ser usado para alguém que precisa ter a campanha interrompida: “Há muito tempo não se vê um partido [PSDB] tão incomodado com a escolha que fez”.
O âncora do BandNews FM No Meio do Dia concluiu indagando como o PSDB, uma sigla que já teve o Presidente da República, chegou a um nível tão grande de desorganização e fragilidade a ponto de não conseguir estabelecer um candidato próprio na corrida ao Planalto desse ano.