Pedestres, comerciantes e motoristas que circulam pelas regiões da Consolação e Bela Vista, no Centro de São Paulo, ainda relatam a recorrência de casos de furtos de celulares.
O número de ocorrências dessa natureza disparou 115% nos meses de setembro, outubro e novembro de 2022 na comparação com o mesmo período de 2021.
O balanço considera os dados mais recentes disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Nesta semana, um dos ouvintes da BandNews FM, que é motorista de aplicativo, presenciou um suspeito de quebrar janelas de carros para furtar celulares. A cena é muito comum na região, segundo moradores da região.
No Cemitério da Consolação, a professora Luiza Cardeal foi vítima dentro de um ônibus no início deste ano. Segundo Luiza, uma mulher a encurralou na catraca do coletivo e furtou seu celular.
A Secretaria de Segurança Pública informou que intensificou o policiamento na região por meio da "Operação Impacto". As ações contra os furtos, segundo a pasta, tiveram início no último dia 11, com 17 mil policiais militares nas ruas.
O problema também tem sido frequente no entorno das estações Santana e Carandiru do metrô, na zona norte da capital paulista.
Com o aumento de casos desse tipo, a Polícia Militar, o Metrô e a CPTM fecharam uma parceria em outubro do ano passado para reforçar a segurança.
Segundo o Metrô, a colaboração tem dado retorno desde então: o índice de infratores detidos nas estações aumentou 22% desde então.
A Secretaria de Segurança Pública disse, em nota, que tem "conhecimento da grave situação apontada pelos ouvintes", e que a "Operação Mobile" possui o intuito de reprimir justamente o furto de celulares na cidade.
Apenas na zona Norte, foram apreendidos 2.500 celulares e 38 suspeitos foram detidos no ano passado.
A pasta informou ainda que trabalha para a revenda de aparelhos furtados, a raiz do problema de furtos de celulares.