Pacientes da ala de cardiologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo não conseguem passar por cirurgia por falta de uma serra usada em procedimentos médicos.
Essa é a maior unidade da rede gerida pelo IAMSPE, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual. São mais de 700 leitos e dois mil profissionais de 51 especialidades de alta complexidade.
O professor de História Antonio José foi internado em 3 de janeiro para passar por uma revascularização. Sem previsão de reposição do material, ele não pode deixar o quarto por correr risco de infarto.
A falta da serra cirúrgica também impossibilita o atendimento à mãe da Gisele Moreira, a dona Maria José. Ela precisa colocar uma órtese para tratar um problema em uma válvula do coração.
Nas últimas duas semanas, a família vem recebendo diferentes versões sobre a chegada do equipamento: foram informados de que o material queimou ou que seria emprestado.
Em nota, o Hospital do Servidor Público Estadual informou nesta quinta-feira (19) que comprou a serra cirúrgica em outubro do ano passado, e admitiu que o produto já deveria ter sido entregue.
Agora, o hospital diz que está tomando medidas para acelerar o recebimento do material. E que já determinou o atendimento dos casos de cirurgias cardíacas eletivas que necessitam do uso da serra. Mas, assim como os próprios pacientes relataram, nenhuma data foi informada.
Atualização:
Após a veiculação da reportagem, o Hospital do Servidor Público de São Paulo informou que "o equipamento já está disponível e as cirurgias foram agendadas”.