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Criança yanomami morre de desnutrição e desidratação em Roraima

Resgate foi acionado por equipes médicas, mas, devido ao mau tempo, a vítima não conseguiu ser transportada até o atendimento

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Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Uma criança de 1 ano e 5 meses morreu, neste domingo (5), vítima de desnutrição grave e desidratação em Roraima. O resgate havia sido acionado, mas o mau tempo impediu a decolagem do helicóptero que faria o transporte até Boa Vista.

De acordo com o Conselho Distrital de Saúde Indigena Yanomami, a criança já havia sido levada ao município de Surucucu, região localizada a 15 minutos do local de moradia da vítima, para receber atendimento médico. A unidade de saúde não conseguiu atender o quadro da paciente.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, informou, por meio de suas redes sociais, que desembarcou no estado para acompanhar os trabalhos de atendimento médico.

Segundo ela, a saída dos garimpeiros ilegais se iniciou no dia 30 de janeiro após o presidente Lula proibir o tráfego aéreo e fluvial nas proximidades da reserva indigena.  

Ainda no dia 21 de janeiro, o  petista esteve na cidade de Boa Vista, capital do estado, para anunciar uma série de medidas emergênciais para combater a situação crítica da reserva indígena.

A recorrência de mortes de infantis em territórios yanomamis cresceu de forma exponencial no último ano, segundo o Ministério dos Povos Indígenas. No total, 99 crianças morreram em 2022. O garimpo ilegal e a falta de assistência governamental foram um dos motivos do aumento de óbitos infantis na região de Roraima.

Em 30 anos, desde sua demarcação, o território presencia sua pior fase de devastação ambiental, tendo como consequência a deterioração do estilo de vida dos indígenas.

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