Cotado para a Fazenda, Haddad representará Lula em encontro com bancos

Ex-ministro da Educação foi convocado pelo presidente eleito a participar de reuniões anual da Febraban

BandNews FM

Ex-ministro da Educação foi convocado pelo presidente eleito a participar de reuniões anua
Foto: Agência Brasil

O ex-ministro da Educação Fernando Haddad vai representar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no encontro anual da Federação Brasileira dos Bancos nesta sexta-feira (25). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai participar do almoço em São Paulo que reúne ainda os dirigentes das principais instituições financeiras do país.

São esperados 350 convidados para o evento, que volta a ser realizado presencialmente depois do cancelamento da edição de 2020, por conta da pandemia de Covid-19, e uma versão virtual no ano passado.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, fará o discurso de abertura do encontro e Roberto Campos Neto apresentará as conjunturas econômicas do Brasil.

A ida de Haddad ao encontro é vista como um teste da aceitação do nome do petista para participar da equipe econômica do futuro governo. Neste quinta-feira (24), circulou no mercado financeiro a informação de que Lula preparava o ex-prefeito de São Paulo para assumir o Ministério da Fazenda.

Formado em ciências sociais pela USP, Fernando Haddad tem mestrado em economia e doutorado em filosofia. Ele tem participado de conversas com o Grupo de Trabalho da Economia do Gabinete de Transição.

O nome do economista Pérsio Arida também apareceu nas bolsas de aposta por um cargo no primeiro escalão. Ele formaria uma dobradinha com Haddad. Um dos pais do Real, Arida já participa do gabinete de transição.

A indicação do futuro comandante da área econômica tem sido cobrada por entes do mercado financeiro e até por integrantes do próprio PT, que veem a demora no anúncio do nome do futuro ministro como um dificultador para negociar a PEC do Bolsa Família.

A proposta que pretende retirar o programa de transferência de renda do teto de gastos e liberar mais de R$ 100 bilhões do Orçamento de 2023 tem encontrado resistências no Congresso. O texto da PEC ainda não agradou aos parlamentares e a apresentação da medida, prometida inicialmente para esta semana, atrasou.

O senador Jaques Wagner disse nesta quinta-feira (24) que proporia ao presidente eleito o anúncio rápido do nome do futuro ministro da Fazenda. Na avaliação do político baiano, a indefinição do cargo atrapalha as negociações da equipe de transição.

Em resposta, a presidente do Partido dos Trabalhadores e coordenadora política da transição, Gleisi Hoffmann, disse que é preciso dar tempo ao presidente eleito para decidir os integrantes do primeiro escalão do futuro governo.

Lula segue em São Paulo se recuperando de uma cirurgia na laringe. No último domingo (20), no Hospital Sírio Libanês, o petista retirou lesões na região da garganta e recebeu a recomendação para poupar a voz por uma semana.

Existe a previsão de que ele recebe a visita de parlamentares aliados nesta sexta-feira (25).

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