O Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão em alerta para a chegada de um ciclone extratropical que se formou entre a Argentina e o Paraguai e se desloca para o Sul do Brasil. A quarta-feira (12) já começou com rajadas de ventos nas áreas da fronteira e na região metropolitana de Porto Alegre. Este é o terceiro fenômeno climático a atingir a região em menos de um mês.

A Defesa Civil gaúcha espera até 150 milímetros de chuva em determinadas regiões. O montante representa quase metade de toda a água prevista para o mês. Com o solo já encharcado, há risco de deslizamentos e enchentes em todo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Cidades catarinenses registram ao longe da terça-feira (11) fortes ventos. Uma microexplosão provocou a destruição de um galpão e derrubou árvores em Herval D’Oeste. As rajadas passaram dos 100 km/h.

A microexplosão é um fenômeno que ocorre quando uma nuvem carrega de chuva não suporta a quantidade de água e provoca uma tempestade com deslocamento de ar entre a nuvem e o solo de maneira muito forte, provocando fortes ventos e retorcendo construções.

Também no Oeste de Santa Catarina, em Saudades, casas ficaram destelhadas e ruas alagadas.

O ciclone extratropical que se aproxima da região é maior do que os últimos dois fenômenos que passaram, de acordo com a Defesa Civil gaúcha. Com maior extensão, os ventos fortes podem chegar ao litoral de São Paulo.

Por isso, tem alerta de ressaca e ondas de até 4,5 metros até sexta-feira (14). Atenção que segue do litoral gaúcho ao paulista.

No fim da semana, com o afastamento do ciclone para o alto mar, uma onda de ar frio predomina e avança. Pode até ter neve em regiões de serra no Rio Grande do Sul e geada nas áreas mais altas do Paraná.