Mais de 30 milhões de pessoas estão confinadas na China. Pelo menos 13 cidades, incluindo um bairro de Xangai, a maior metrópole chinesa, estão com limitação de circulação a partir desta terça-feira (15) depois do maior surto de Covid-19 em dois anos no país.
O confinamento da população é uma das estratégias do país para conter o coronavírus, que teve os primeiros casos detectados na cidade de Wuhan. O governo obrigou a população a se submeter a testes, em uma escala semelhante ao início da pandemia.
Nas últimas 24 horas, 5.280 casos foram confirmados, segundo o Conselho Nacional de Saúde da China. O número é relativamente baixo quando comparado com outros países, mas, por conta da política de “Covid Zero”, restrições severas foram aplicadas.
Na comparação com o Brasil, por exemplo, os casos positivos equivalem a 11% dos números confirmados entre brasileiros, que possui média móvel diária de mais de 45 mil casos.
Nesta terça-feira (15), a China chegou ao sexto dia consecutivo com mais de mil casos diários. A área mais afetada é a província de Jilin, no nordeste da China, que contabilizou mais de três mil testes positivos neste 15 de março.
A política de restrições permitiu que o país superasse o primeiro surto da Covid, no fim de 2019 em Wuhan. Mas, após a variante Ômicron, a população sofreu com focos da doença.
Esse cenário tem gerado impactos econômicos no país, a bolsa de valores de Xangai caiu, nesta terça-feira (14), 4,95% e a de Hong Kong registrou queda de 6,20%.