O governo dos Estados Unidos estuda o que fazer em relação a um balão chinês que sobrevoa o país. Segundo o Pentágono, trata-se de um equipamento de vigilância chinês.

Nesta sexta-feira (03), Pequim afirmou que o equipamento é usado para fins meteorológicos e científicos e que havia desviado de seu rumo original por conta de ventos e por não ter autonomia de direção. O presidente dos EUA, Joe Biden, descartou derrubou o balão por conta de eventuais riscos à população.

Por conta do episódio, o secretário de Estado da Casa Branca, Antony Blinken, decidiu adiar uma viagem diplomática no fim de semana à China. Mais cedo, o governo chinês havia criticado Washington por "especular" com um fato ainda pouco conhecido, mas disse não ter intenção de invadir o espaço aéreo dos EUA.

A tensão entre os dois países está em nível elevado desde agosto do ano passado. Na oportunidade, a então presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, fez uma visita à Taiwan. O caso irritou Pequim, que considera a ilha como parte de seu território e viu o gesto como uma provocação.

Em novembro, no entanto, um encontro inédito entre os líderes dos dois países, Joe Biden e Xi Jinping, durante a cúpula do G20 na Indonésia, amenizou o cenário. Em tom conciliatório, o presidente dos Estados Unidos disse descartar uma "nova guerra fria", e o líder chinês garantiu que Taiwan era o único ponto de desacordo entre os dois países.