No 28º dia da guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reúne nesta quarta-feira (23), em Bruxelas, na Bélgica, com líderes europeus para debater novas sanções econômicas ao país de Vladimir Putin.
Biden vai participar ainda de reuniões da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, aliança militar comandada pelos americanos e que está no centro da disputa na Europa.
Putin pede garantias de que a Ucrânia fique neutra e não entre para a Aliança Militar do Ocidente.
Nesta quarta (23), Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, falou ao Parlamento do Japão por videoconferência e pediu que o país aumente as sanções contra a Rússia.
O ucraniano também agradeceu ao empenho dos japoneses como sendo uma voz contra a guerra no Oriente.
CIDADE SITIADA
Nesta terça-feira (22), o presidente da Ucrânia afirmou que a cidade de Mariupol foi arrasada por semanas de bombardeio, sobrando apenas ruínas.
Segundo Zelensky, 100 mil pessoas estão em situação calamitosa na cidade portuária. O avanço para esta região é importante para os russos retirarem o acesso ao Mar Negro dos ucranianos, além de formar um acesso terrestre entre a região do Donbass e da Crimeia, ocupada pela Rússia em 2014.
ARMAS NUCLEARES
Em entrevista à CNN Internacional, na terça-feira (22), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, deixou claro que a Rússia só usaria armas nucleares no conflito se houvesse “ameaça existencial”.
A resposta foi dada após ser questionado se ele estava convencido de que Vladimir Putin não lançaria esse tipo de ofensiva na Ucrânia.
Dmitry Peskov se refere à doutrina militar da Rússia, atualizada em 2021, na qual o país afirma ter o direito de usar armas nucleares em reposta à mesma ofensiva ou de destruição em massa contra si ou contra aliados, “quando a própria existência está em risco”.
O porta-voz do Kremlin ainda admitiu que Moscou não atingiu nenhum de seus objetivos militares até agora.