Augusto Heleno é convocado para depor em investigação de espionagem na Abin

Investigação acontece para saber se o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Jair Bolsonaro tinha conhecimento das supostas ações ilegais de Alexandre Ramagem

Rádio BandNews FM

General Augusto Heleno deve prestar depoimento nesta terça (6)
Bruno Spada/Câmara dos Deputadas

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Jair Bolsonaro, foi convocado pela Polícia Federal para depor na investigação que apura uma suposta espionagem ilegal realizada pela Agência Brasileira de Inteligência.

Segundo a corporação, à época dos ocorridos que estão sendo apurados, a agência era subordinada ao GSI.

Esse depoimento está marcado para a próxima terça-feira (6), deve ocorrer na sede da PF, em Brasília, e vai investigar se Heleno tinha conhecimento das supostas ações ilegais de Alexandre Ramagem.

Nos bastidores, a informação é de que, ao ser questionado sobre as vontades de Carlos Bolsonaro, de supostamente montar uma espécie de Abin paralela, Heleno teria ficado neutro a questão, sem se meter no assunto. 

Ainda como desdobramento das investigações, Alessandro Moretti não é mais o diretor-adjunto da Abin.

Ele foi exonerado na noite desta terça-feira (30) em uma publicação extra do Diário Oficial da União.

Segundo a Polícia Federal, integrantes da atual gestão da Agência teriam atuado para blindar alguns dos investigados desse suposto esquema de espionagem ilegal de autoridades. 

Alessandro Moretti, de acordo com a PF, estaria entre os participantes do conluio. 

Para o lugar dele, o presidente Lula nomeou Marco Aurélio Cepik, que estava no comando da escola de inteligência da Abin.

A demissão era esperada: o agora ex-diretor da Abin já era visto com desconfiança dentro do próprio governo.

Moretti trabalhou diretamente com o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, e com o ex-diretor da agência, Alexandre Ramagem. 

Outro que ainda balança no cargo é o atual chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa. 

Apadrinhado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, o diretor depende dos desdobramentos das investigações. 

Segundo a PF, Corrêa teve uma reunião no ano passado com Alexandre Ramagem, que não constava na agenda oficial. 

A Abin justifica que o encontro na sede da agência não foi registrado oficialmente por um erro de um funcionário.

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